O sorriso da paz




Volto, para os mesmo lugares de onde devia ter ficado. Parado. Mudo. Observando. A mente descontrolada foge, de quem? Não sei. Tento descobrir olhando para dentro, porque lá fora, nada. Finjo acreditar em minhas certezas. Aí fora tem tanto também. Os cantinhos estão limpos, felizes pela atenção que receberam, já os meios, são cúmplices do meu desvio. Volto. Mente exposta, porque dentro já não há. Finjo novamente, dentro é infinito, não é? Fora também. Onde está sua concentração agora? Seu mundo está limpo? Fazer perguntas podiam vir sempre com as respostas não é mesmo? Entendo minha infantilidade, querendo tudo do meu jeito. Reconhecer é importante, sou infantil muitas vezes, me repito outras tantas, mas esta é minha voz, voz que não reconheço quando escuto no telefone, assim como não reconheço minhas palavras depois que as escrevo. Trinco a madeira chorando as bordas do mundo, acomodo a paz dentro de mim, que mesmo inquieta monta seu acampamento. Sentada na fogueira, me faz questão de lembrar: só estou de passagem. Pergunto, por quê? Ela sorri e diz: eu sou o descanso, mas a evolução é o conflito. 

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